quarta-feira, 25 de janeiro de 2006
Gostaria de agradecer a todos os amigos internautas pela inédita e impressionante marca de 7 coments na minha última postagem. Isso mostra que a minha audiência cresceu vertiginosamente de duas semanas pra cá (fruto, é claro, de uma intensa campanha de marketing)
Agradeço sinceramente às pessoas que têm atendido meu apelo e dispendendo preciosos tempo (dinheiro) e paciência para ler minhas linhas ofídicas. Obrigado.
PS: Lembrei-me que um dos coments fui eu mesmo quem escreveu em resposta a um outro. Ou seja, foram na verdade 6 coments (e acabo de ser um estraga-prazeres). Mas continua sendo um recorde.
sexta-feira, 20 de janeiro de 2006
Santo de casa não faz milagre
E quando o país chafurdava no lamaçal de toda sorte de prevaricação possível no universo, eis que surge o homem. Já rezava a profecia sobre a inadvertida vinda do salvador; e aquele era um momento propício, ainda que inopinado.
Era um guerreiro. O rosto com um semblante que aparentava um cansaço perene, a barba bem farta e mal feita, o homem não loquaz mas que sabia falar a coisa certa na hora certa e de maneira popular e acessível ao povo qual se propôs salvar. Subiu na montanha improvisada em meio à milhares de súditos no ABC paulista e começou seu sermão, um dos mais incisivos da carreira, que o fez adquirir a fé do mais agnóstico operário presente. Que pena que Gandhi não assistiu. Um senhor maltrapilho, sujo de graxa e cheirando a óleo de máquina disse: "É o homem! Eu sei que é o homem!"; um outro trabalhador da região foi mais profético e apareceu com um cartaz: "Presidente do Brasil"! Esse último hoje provavelmente deve ter sido promovido ao cargo de ministro e assumido a pasta das Relações Internas Entre Apóstolos.
E assim, entre mensagens e discursos, o messias brasileiro foi carregando multidões e escrevendo sua página na história do país. Foi duramente perseguido pelos centuriões do Estado quando do período de repressão; voltou a ser perseguido por eles (ou equivalentes) após a abertura política. Até que chegou o começo do fim.
Isso foi em sua primeira candidatura à presidência, a primeira eleição em que o presidente seria eleito direto a partir de sufrágio com consulta popular. Era sua grande chance. Suas idéias estavam impregnadas em boa parte da população, o que, indubitavelmente, o colocaria em posição privilegiada durante o pleito. Só não contava com a astúcia de algumas oligarquias remanescentes sobretudo do clientelismo militar. A imprensa ofereceu-o e seu êmulo do segundo turno para o povo brasileiro, lavou as mãos e o Barrabás venceu.
Mas eis que no segundo turno da terceira re-candidatura, ele ressuscita dessa vez mais poderoso, diante de um povo mais vulnerável e carente e, como prevera aquele senhor do ABC (que deve ser ministro hoje), transforma-se no Presidente da República.
Isso há 3 anos. Hoje, ele continua deveras intocável, mas até agora ninguém encontrou o paraíso e seu governo a cada dia aproxima-se do inferno. Seus acólitos o colocaram em uma inimaginável sinuca de bico e agora ele tem que condenar os seus para mostrar que ainda é o senhor das multidões. Diga-me com quem andas e direi quem és.
O povo continua absorto em sua fé enquanto o salvador não vem. Mas virá. Oh, se virá...
Era um guerreiro. O rosto com um semblante que aparentava um cansaço perene, a barba bem farta e mal feita, o homem não loquaz mas que sabia falar a coisa certa na hora certa e de maneira popular e acessível ao povo qual se propôs salvar. Subiu na montanha improvisada em meio à milhares de súditos no ABC paulista e começou seu sermão, um dos mais incisivos da carreira, que o fez adquirir a fé do mais agnóstico operário presente. Que pena que Gandhi não assistiu. Um senhor maltrapilho, sujo de graxa e cheirando a óleo de máquina disse: "É o homem! Eu sei que é o homem!"; um outro trabalhador da região foi mais profético e apareceu com um cartaz: "Presidente do Brasil"! Esse último hoje provavelmente deve ter sido promovido ao cargo de ministro e assumido a pasta das Relações Internas Entre Apóstolos.
E assim, entre mensagens e discursos, o messias brasileiro foi carregando multidões e escrevendo sua página na história do país. Foi duramente perseguido pelos centuriões do Estado quando do período de repressão; voltou a ser perseguido por eles (ou equivalentes) após a abertura política. Até que chegou o começo do fim.
Isso foi em sua primeira candidatura à presidência, a primeira eleição em que o presidente seria eleito direto a partir de sufrágio com consulta popular. Era sua grande chance. Suas idéias estavam impregnadas em boa parte da população, o que, indubitavelmente, o colocaria em posição privilegiada durante o pleito. Só não contava com a astúcia de algumas oligarquias remanescentes sobretudo do clientelismo militar. A imprensa ofereceu-o e seu êmulo do segundo turno para o povo brasileiro, lavou as mãos e o Barrabás venceu.
Mas eis que no segundo turno da terceira re-candidatura, ele ressuscita dessa vez mais poderoso, diante de um povo mais vulnerável e carente e, como prevera aquele senhor do ABC (que deve ser ministro hoje), transforma-se no Presidente da República.
Isso há 3 anos. Hoje, ele continua deveras intocável, mas até agora ninguém encontrou o paraíso e seu governo a cada dia aproxima-se do inferno. Seus acólitos o colocaram em uma inimaginável sinuca de bico e agora ele tem que condenar os seus para mostrar que ainda é o senhor das multidões. Diga-me com quem andas e direi quem és.
O povo continua absorto em sua fé enquanto o salvador não vem. Mas virá. Oh, se virá...
quarta-feira, 11 de janeiro de 2006
Não Priemos Cânico
Estive de recesso de minhas atividades literárias e intelectuais para me entregar um pouco à efemeridade, mediocridade e vida boêmia tão necessárias para o pleno estado de bem-estar de qualquer indivíduo.
Agora estou de recesso de minha atividades supérfluas para me prestar à vida acadêmica, já que a UESB esteve em greve por um breve (mas inoportuno) período em 2005 e temos de terminar de empurrar esse semestre nesse mês.
Brevemente teremos uma nova postagem digna do tempo em que meus minguos leitores param no tempo para ler meus devaneios. Brevemente.
É hora de voltar a estudar. Tenho de fazer uma resenha sobre um livro de Boaventura de Souza Santos. (E o que mesmo que você tem que ver com isso?).
Abraço!
Agora estou de recesso de minha atividades supérfluas para me prestar à vida acadêmica, já que a UESB esteve em greve por um breve (mas inoportuno) período em 2005 e temos de terminar de empurrar esse semestre nesse mês.
Brevemente teremos uma nova postagem digna do tempo em que meus minguos leitores param no tempo para ler meus devaneios. Brevemente.
É hora de voltar a estudar. Tenho de fazer uma resenha sobre um livro de Boaventura de Souza Santos. (E o que mesmo que você tem que ver com isso?).
Abraço!