Versos Ofídicos

Algumas linhas ofídicas (mas não ofensivas), venenosas (mas não mortais)...

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

Pequeno Nada Sobre o Medo

Todo animal é medroso. Em maior ou menor grau, o medo é condição intrínseca na vida de todos os animais, em especial do homo sapiens. As manifestações e reações é que são diferentes, dada a dimensão psicológica de cada indivíduo. Por exemplo: em uma situação perigosa, assomados pelo medo, uma cobra ataca, uma mulher chora, um homem corre (sem generalizações). Isso ilustra bem a discrepância entre o instinto animal e a razão animal.

Um dos principais medos do ser humano é o medo do desconhecido, o que fatalmente vai levá-lo ao mais temível dos medos, que é o medo da dor. Subverter uma ordem comodamente impregnada, tanto no aspecto individual quanto no aspecto coletivo, pode ser doloroso, portanto, tende-se mecanicamente a ficar estagnado sempre num mesmo ponto, num mesmo local, sem riscos, sem medo, sem dor. Nesses casos, ainda que o estado bem-estar e a felicidade existam, estão imersos na frugalidade da inércia.

O medo do conhecido – geralmente acompanhado de conclusões hipotéticas – também é um entrave na vida de qualquer pessoa. “Não vou sair porque é perigoso”; “Não vou conseguir fazer isso”; “Vai doer!”...

Os riscos são iminentes e, por vezes, inescapáveis. O pior de todos os medos é o medo de ter medo. Somos todos humanos. Todos somos animais. Medo não é defeito.

Quem tem cú tem medo.

1 Comments:

  • At 23/1/07 12:31 AM, Blogger Ricardo Ferreira said…

    O medo é importantíssimo como mecanismo de defesa para todos nós, isto é fato. Como se reage, depende de cada um. Medo e novidade também dialogam constantemente, asperamente.

    Abraço, Rafa!

    PS: Conserte o link do Teorias. Está faltando o "http" no endereço.

     

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