Versos Ofídicos

Algumas linhas ofídicas (mas não ofensivas), venenosas (mas não mortais)...

segunda-feira, 11 de setembro de 2006

Poema Pessoal

Já que o blog é uma página pessoal, uma espécie de diário virtual, segue um poema que, como o próprio título denota, vem com profunda carga subjetiva. Original de 15/02/2005.

POEMA PESSOAL

Tão logo percebi-me no mundo deserto
Descobri-me um ser pitoresco no Universo
Meus pés não mais passam, seviciam a calçada
E os meus óculos não aproximam mais nada

Minha cabeça é o tudo do nada
Macrocéfalo, cefaléia, cevada
Meu corpo, um tufão inerte
Um berne perene no cerne da derme

Se ao menos tivesse um norte
Um porquê para essas vestes
Teria de ser se estivesse estado

Nada é para sempre sempre
Mesmo se antes longe perder-me
Chegarei ao fim como um ser inacabado

5 Comments:

  • At 12/9/06 11:57 PM, Blogger Ricardo Ferreira said…

    Ainda bem que, ao final, será inacabado. Poderá recomeçar, então, tudo de novo.

    Abraço, Rafa.


    PS: Não demore tanto, certo?

     
  • At 13/9/06 10:44 PM, Anonymous Anônimo said…

    olá rafa,, seu poema´provoca uma reflexão ... e mesmo não havendo uma compreensão direta (o que não importa) dá pra senti-lo!

     
  • At 13/9/06 10:45 PM, Anonymous Anônimo said…

    ahh sou eu o kessller!

     
  • At 14/9/06 5:23 PM, Anonymous Anônimo said…

    Adorei,é forte...quase vivo,bj Rafa escreva com mais frequencia.

     
  • At 27/1/07 7:13 PM, Anonymous Anônimo said…

    Ual!!!!!

     

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