A Decadência do Meio Termo
Certa vez na Universidade, ouvi de uma professora de Sociologia que natural e invariavelmente um ser humano tende a se colocar diante de uma situação-problema de acordo com a posição em que se encontra em relação a ela. Ou seja, mesmo que se tente evitar, sua subjetividade de sempre vai acompanhá-lo em suas decisões. A isso a professora chamou dissonância cognitiva: fechar os olhos para uma realidade lógica por conta da emoção.
Acho que ela tem razão. O que falta ao sujeito, não raras vezes, é refletir a respeito de cada dada situação e, assim, perceber que sempre existe uma outra opção.
O ser humano esbarra nas limitações de seus próprios conceitos sobre o que está em sua volta. Desconsidera as complexas variáveis intermediárias e as negações, polarizando as coisas mundanas em extremos e reduzindo a possibilidade de escolha. Em geral, os conceitos humanos são duais e dicotômicos: bem e mal; razão e emoção; estudo e lazer; trabalho e descanso; homem e mulher; verdade e mentira; Deus e Diabo...
Acredito que tais definições se reafirmam, ou antes, se completam: uma existe em decorrência da outra. Se assim for, fica mais fácil compreender as relações terrenas para além do siso individual, da simples opinião pessoal.
Se há um porquê para o sim, há também para o não. Antes de escolher pelo sim, que tal considerar o não? Fugir da catarata imputada pela dissonância cognitiva. Ainda que não mude a nossa decisão, o simples ato de observar por um outro ângulo ajuda a construir um mundo de pessoas mais éticas, justas, enfim, um mundo melhor. Depende de nós, afinal, não é o mundo que é o que é, nós é que somos o que somos.
Acho que ela tem razão. O que falta ao sujeito, não raras vezes, é refletir a respeito de cada dada situação e, assim, perceber que sempre existe uma outra opção.
O ser humano esbarra nas limitações de seus próprios conceitos sobre o que está em sua volta. Desconsidera as complexas variáveis intermediárias e as negações, polarizando as coisas mundanas em extremos e reduzindo a possibilidade de escolha. Em geral, os conceitos humanos são duais e dicotômicos: bem e mal; razão e emoção; estudo e lazer; trabalho e descanso; homem e mulher; verdade e mentira; Deus e Diabo...
Acredito que tais definições se reafirmam, ou antes, se completam: uma existe em decorrência da outra. Se assim for, fica mais fácil compreender as relações terrenas para além do siso individual, da simples opinião pessoal.
Se há um porquê para o sim, há também para o não. Antes de escolher pelo sim, que tal considerar o não? Fugir da catarata imputada pela dissonância cognitiva. Ainda que não mude a nossa decisão, o simples ato de observar por um outro ângulo ajuda a construir um mundo de pessoas mais éticas, justas, enfim, um mundo melhor. Depende de nós, afinal, não é o mundo que é o que é, nós é que somos o que somos.
3 Comments:
At 9/1/07 5:49 PM, Anônimo said…
Mto bom só me livrando dessa catarata imputada pela dissonância cognitiva...rsrsr belo texto Rafa...
At 10/1/07 12:10 AM, Ricardo Ferreira said…
Há muitos outros problemas gerados pela dissonância cognitiva e é um fenômeno que merece toda atenção e interesse. Porém, a Ciência já sabe que é impossível separar o observador do objeto. Isso tem reformulado o saber, com o Raciocínio Complexo a Transdisciplinaridade etc. Tudo isso aponta um rumo alvissareiro para todos nós, no que tange ao agir humano.
Abraço, Rafa!
PS: Desculpe o exagero no tamanho do comentário, afinal, quem tem que postar aqui é o dono do blog.
At 15/1/07 11:08 AM, Anônimo said…
É por isso que os psicanalistas nunca se arriscam a interpretar um sonho; antes é preciso saber o que as coisas sonhadas representam para o paciente.
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